quinta-feira, 28 de agosto de 2008

OFICIALIZANDO

Dizem que quem casa quer casa. No meu caso aconteceu da maneira inversa. No Natal de 2006, o Ricardo comentou "A gente podia ficar noivo", mas nunca havíamos pensado efetivamente em casamento até a compra do apartamento. A partir daí as coisas começaram a rolar com naturalidade, começamos a pensar em data, local, lista de convidados. Logo já tinhamos tudo em mente. Mas a data escolhida estava muito distante e pra agitar um pouco as coisas, começamos a planejar o noivado. Tudo assim, em comum acordo. Em momento nenhum existiu um "Li, quer casar comigo?" e devo confessar que isso as vezes me faz torcer o nariz.
Mas, sentimentalismos à parte, voltemos ao noivado. Inicialmente pensamos numa reuniãozinha íntima, mas como a família é muito grande (minha mãe tem 10 irmãos) a reuniãozinha acabou virando festa de arromba. Os tios do Ri tem comércio em Catanduva e a cidade fica a 300 km de Campinas, por esse motivo optamos por um almoço no domingo.
O grande cozinheiro da casa é meu pai e suas especialidades são: Pernil ou Costela acompanhados de feijão com tranqueira e arroz de carreteiro ou qualquer prato que contenha camarão. A primeira opção eu não achei que tivesse muito a ver com a ocasião e a segunda seria um grande desastre, já que o noivo é completamente alérgico ao apetitoso crustáceo. Por isso resolvemos que a comida viria de fora. Eu, que, na época, já tinha começado a minha imensa coleção de revistas de noiva, passei a dar uma olhada em busca de alguma idéia. Vi alguns anúncios de cozinha show de crepes e achei que seria super próprio. Decidimos pelo Crepes Dona Jô, de São Paulo.
Com uma preocupação a menos, minha mãe e eu começamos os preparativos. Como a festa seria no dia 18 de novembro e nós estavamos em agosto, tivemos bastante tempo, inclusive para uma pequena reforma na casa, onde o noivado seria realizado e até para a minha tão sonhada plástica no nariz. O cirurgião, Dr Ricardo Andrade, que tinha feito há pouco tempo a pálpebra da minha mãe, teve que fazer milagre, pois ele estava saindo de férias e eu não poderia adiar.
Pois bem, chegamos às vesperas do noivado todas lindas: eu, minha mãe e a casa. Na sexta, saímos logo pela manhã atrás de alguns últimos detalhes. Estavamos almoçando, quando a Regina, nossa empregada liga e fala: "Violeta, não vejo o Yako desde de cedo." Pela cara da minha mãe sabia que algo nada bom tinha acontecido. Yako é um gato persa lindíssimo, que ganhei no primeiro dia dos namorados que passei com o Ri. Como ele era muito peludo e muito claro, nunca incentivamos o hábito noitívago próprio dos gatos. Por isso, Yako era uma critura completamente caseira, cujos únicos passeios eram de um sofá à outro e uma vez por mês ao pet shop. Mas, com a reforma da casa e o entra e sai dos pedreiros, a rua deve ter se tornado interessante e alguém o levou. Foi muito triste, principalmente por acontecer tão perto de um dia tão importante pra mim.Quase pensei em desistir. Mas as coisas tinham que acontecer e o dia chegou.
Tudo saiu como planejamos: a casa cheia, a comida ótima (além dos crepes, minha sogra trouxe de Catanduva, os mais diversos sabores da melhor torta do mundo, feitas pela tia Ana), as pessoas felizes, o clima agradável. Praticamente completei meu enxoval com os presentes lindos que eu ganhei.
Teve até todo o lance da troca de alianças, ganhei do meu amor um anel de noivado que me arrancou lágrimas.
Também premaramos para ocasião uma surpresa: convidamos coletivamente todos os nossos padrinhos. Até os mais durões se emocioram.
A festa acabou em Pizza, no início da segunda-feira. Dia pra não esquecer.
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